Sua cura também depende de você

Sua cura também depende de você.

O Modelo Biopsicossocial da saúde enfatiza que as pessoas possuem necessidades únicas de bem-estar, reconhecendo a inter-relação desses três componentes para um cuidado ideal.

Ao adotar uma abordagem abrangente para a saúde do paciente, os médicos podem compreender as causas básicas das doenças, permitindo-lhes elaborar planos de cuidado individualizados.

Visão Geral do Modelo Biopsicossocial
Um modelo biopsicossocial é uma abordagem holística para a compreensão da saúde e da doença, considerando múltiplas influências. Ele reconhece a interação e a respectiva influência na saúde ao longo da vida de uma pessoa dos fatores biológicos (a idade, a constituição genética, o histórico de saúde, o gênero de uma pessoa, etc,), psicológicos (pensamentos, emoções, comportamentos, etc.) e sociais (status econômico, relações familiares e acesso a serviços de saúde, etc.).

Por meio desse modelo, os profissionais podem obter insights sobre como estressores físicos, psicológicos e sociais podem interagir para afetar a saúde geral de um indivíduo.

Enquanto o Modelo Biomédico tradicional se concentra puramente nas origens da doença como um fenômeno exclusivamente biológico, resultado de disfunções fisiológicas ou processos patológicos, priorizando os exames laboratoriais, imagens e tratamentos farmacológicos ou cirúrgicos, o modelo biopsicossocial considera múltiplos aspectos além da mera causa biológica (emoções, relações sociais e contexto ambiental ) que, combinados, podem afetar nosso bem-estar.

Este modelo reconhece que as condições de saúde não podem ser analisadas isoladamente. Seu objetivo principal é obter uma visão abrangente das doenças e suas causas, ajudando a compreender melhor como surgem os problemas físicos e mentais de maneira a proporcionar um cuidado completo ao paciente - uma abordagem inestimável para melhorar a sua saúde geral.

Por exemplo, uma pessoa que sofre de dor persistente pode encontrar alívio por meio de terapias físicas e psicológicas integradas, para além de meramente o tratamento medicamentoso (modelo médico tradicional). O plano de tratamento, portanto, é personalizado, cuidadosamente adaptado às necessidades do indivíduo.

Os três Componentes do Modelo Biopsicossocial
1. Componente Biológico
Este componente refere-se às características fisiológicas, genéticas e anatômicas do indivíduo que afetam a sua saúde. Inclui predisposição a certas doenças, sistema imunológico, idade, sexo e outros fatores biológicos, etc.

2. Componente Psicológico
O aspecto psicológico abrange o estado emocional e psicológico do paciente, incluindo estresse, ansiedade, depressão, resiliência, humor, consciência, traumas, etc.

3. Componente Social
Envolvem o contexto em que a pessoa vive, incluindo suporte familiar, relações interpessoais, condições de trabalho, nível socioeconômico, etc.

Alguns Exemplos de Abordagem no Modelo Biopsicossocial

Transtornos Alimentares: O modelo biopsicossocial oferece insights valiosos sobre o desenvolvimento de transtornos alimentares, como anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar, explorando suas nuances biológicas, psicológicas e sociais. Evidências afirmam que essas condições não podem ser atribuídas a nenhuma causa, mas sim a uma combinação de fatores de diversas áreas. Portanto, os planos de tratamento devem considerar todos os aspectos da condição de um indivíduo, em vez de focar apenas nos sintomas físicos.

Transtornos de Ansiedade: A ansiedade pode ser atribuída a fatores biológicos, psicológicos e sociais. Assim, combinando elementos biológicos, como desequilíbrios neurotransmissores, com abordagens psicológicas como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e paradigmas sociais, incluindo redes de apoio, é possível atenuar os sintomas de transtornos de ansiedade, como, por exemplo, transtorno do pânico ou TOC.

Depressão: Essa condição psicológica pode ser causada por vários fatores, como genética, desequilíbrios hormonais, padrões de pensamento prejudiciais e pressões ambientais.

Vício: Comportamentos de vício podem ter uma base biológica devido a desequilíbrios químicos no cérebro ou predisposições genéticas. Ainda assim, eles também podem ser desencadeados por lutas pessoais ou situações difíceis na vida de uma pessoa.

Dor Crônica: A dor persistente provavelmente possui uma causa fisiológica, mas elementos psicológicos e ambientais podem contribuir para o sofrimento. Lidar com a dor crônica com sucesso requer tratamentos físicos que abordem a raiz da condição e estratégias cognitivo-comportamentais projetadas para diminuir seu impacto emocional e social.

Doença Cardíaca: Fatores de risco biológicos, como tabagismo ou níveis elevados de colesterol, e elementos psicológicos, como estresse e falta de atividade física, podem contribuir para essa condição crônica.

Transtornos do Espectro Autista: Como muitas outras condições, o TEA pode ser resultado de fatores biológicos, como desenvolvimento neural ou constituição genética. Questões psicológicas, incluindo ansiedade, ou problemas sociais, como dificuldades de comunicação ou interação social, também podem influenciá-lo. Integrar todos esses componentes pode ajudar a melhorar a vida de quem sofre com isso.

TDAH/DDA: Causas biológicas, como o aumento dos níveis de certos neurotransmissores, juntamente com elementos ambientais, como ausência/ou monitoramento parental insuficiente e nutrição inadequada, são causas conhecidas que culminam no Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH/DDA).

Esquizofrenia: Este transtorno mental está associado a múltiplas alterações biológicas no cérebro e possíveis influências genéticas. No entanto, fatores sociais, incluindo traumas ou problemas de relacionamento, podem desencadear seu aparecimento ou exacerbar os sintomas existentes.

Insônia: Estudos sugerem que existem fatores físicos e emocionais por trás da insônia.

Origens do Modelo Biopsicossocial

O modelo biomédico como descrito anteriormente, dominava a medicina desde o século XIX. Essa visão reducionista demonstrou eficácia no tratamento de infecções e condições cirúrgicas, mas falhava ao lidar com doenças crônicas, transtornos mentais e fatores comportamentais que influenciam a saúde. Assim, as influências psicológicas e sociais eram desconsideradas.

Na década de 1970, George L. Engel – um psiquiatra americano – propôs um modelo biopsicossocial como alternativa ao modelo biomédico. Com base em diversos estudos e experiência clínica, Engel propôs o modelo biopsicossocial para combinar os aspectos biológicos, psicológicos e sociais das doenças.

Ao longo do tempo, o modelo biopsicossocial tem sido adotado por profissionais de diferentes áreas da saúde, como psiquiatria, medicina de família e reabilitação, que acreditam na eficácia desta abordagem abrangente e integrativa para diagnosticar, curar e prevenir doenças, desde condições psicológicas até doenças crônicas. Constatou-se que essa abordagem melhora a adesão ao tratamento, favorece a recuperação do paciente e proporciona um cuidado mais humanizado.

Embora o modelo biopsicossocial possa parecer uma abordagem unificada promissora para o tratamento de pacientes, sua ambiguidade em termos de resultados, a falta de unidade entre os profissionais e sua complexidade têm sido criticadas.

Algumas críticas a este modelo são:

Falta de clareza e estrutura: A falta de limites e critérios claros para cada componente (biológico, psicológico e social) pode dificultar o desenvolvimento e a avaliação de técnicas de tratamento padrão.

Falta de unidade: O modelo biopsicossocial é frequentemente visto como uma alternativa ao modelo biomédico, mas nem sempre está integrado a ele. Essa separação pode levar a problemas de interação entre especialistas de diferentes áreas e à falta de uma estratégia de tratamento unificada.

Complexidade: Medir e avaliar fatores psicológicos e sociais e determinar a relação entre eles e as doenças pode levar tempo, pode ser complexo e subjetivo.

Limitações de recursos: Exige uma abordagem mais ampla e aprofundada para o tratamento, o que pode demandar recursos e tempo significativos. Implementar tal abordagem pode ser desafiador em larga escala social.


Além disto ...
Independentemente do problema de saúde (não está limitado aos exemplos acima), no modelo biomédico o paciente é visto como um “paciente”, ou seja, é um receptor passivo do tratamento, com pouca participação no seu próprio cuidado. No modelo biopsicossocial ele precisa ser um agente ativo no seu processo de saúde e o sucesso do tratamento envolve sua participação, seja na adoção de novos hábitos, na modificação do ambiente ou no suporte psicológico. Infelizmente, este nem sempre está disposto a fazê-lo...

E você, quando cuida da sua saúde, costuma fazer a sua parte neste processo? Ou se encaixa no papel de mero “paciente”? Se respondeu SIM e estiver precisando de ajuda, aqui em nosso site há vários assuntos onde apresentamos ferramentas de apoio à saúde dentro deste modelo biopsicosocial e os serviços que podemos oferecer neste sentido. Percorra os tópicos no Menu deste site e se precisar saber mais, entre em contato conosco.

Fontes:
“The Biopsychosocial Model of Healthcare”
https://www.cvhnc.org/biopsychosocial-model-of-healthcare/
“Biopsychosocial Model: Examples, Overview, Criticisms”
https://helpfulprofessor.com/biopsychosocial-model/
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“Resumo do Modelo Biopsicossocial: fatores, abordagens e mais!” https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/ciclo-basico/resumo-do-modelo-biopsicossocial-fatores-abordagens-e-mais/#:~:text=O%20modelo%20biopsicossocial%20%C3%A9%20uma,interpessoais%20e%20seu%20contexto%20socioecon%C3%B4mico

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